Crises são temporárias e é preciso atravessá-las
Para muitos indivíduos, o processo de amadurecimento e confronto com a realidade do mundo apresenta desafios complexos e cheios de obstáculos. Inúmeras pessoas se sentem asfixiadas pela exigente natureza da vida adulta, repleta de responsabilidades que parecem esmagadoras. Com o passar do tempo, esses indivíduos tendem a esconder suas aspirações e desilusões internamente, adotando um comportamento que se ajusta ao ambiente ao seu redor.
No entanto, tanto o corpo quanto a mente têm seus limites, e não podem suportar indefinidamente essa pressão, resultando na eventual manifestação das frustrações. Quando isso é combinado com fatores genéticos e ambientes adversos, muitas pessoas acabam expressando ou desenvolvendo distúrbios psiquiátricos enraizados profundamente em sua jornada de crescimento.
Uma característica intrínseca das crises psiquiátricas é a sensação de que “viver não possui valor”, devido ao sofrimento avassalador que se experimenta. É verdade, há sofrimento real, mas é fundamental entender que esse sofrimento é temporário. Portanto, é de suma importância discernir entre períodos de crise e momentos de estabilidade. As crises, frequentemente, emergem devido à falta de diagnóstico adequado e/ou à ausência de um tratamento eficaz. Quando um paciente passa por uma avaliação completa por um médico psiquiatra, que considera uma ampla gama de aspectos individuais, as crises se tornam raras, praticamente inexistentes.